Polícia ouve testemunhas de morte de ex-ministro do TSE nesta quarta

02/09/2009 11:10

    A delegada Martha Vargas, da 1ª DP de Brasília, deve ouvir nesta quarta-feira familiares do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) José Guilherme Villela, 73, encontrado na noite de segunda (31), no apartamento em que morava em Brasília.

    Polícia diz que ex-ministro foi vítima de latrocínio Presidente da OAB cobra investigação rápida Ex-ministro é enterrado em Brasília Segundo a delegada, serão ouvidas pessoas próximas do ex-ministro, mas a polícia não informou o nome das pessoas. Ontem, ela já afirmava ter suspeitos pelo crime. Além do ex-ministro, também foram mortas sua mulher, Maria carvalho Mendes Villela, 68, e a empregada, Francisca Nascimento da Silva, 58. Os corpos dos três foram encontrados pela neta do ex-ministro, que acionou a polícia.

    Vargas afirmou ontem que o apartamento do ex-ministro não foi arrombado, mas foram levadas diversas joias. Por conta disso, a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio [roubo seguido de morte].

Crime

    Na noite desta segunda-feira (31), os corpos do ex-ministro, de sua mulher e da empregada foram encontrados em seu apartamento. Segundo a polícia, os corpos tinham sinais de facadas, e a suspeita é de triplo homicídio.

    A polícia diz acreditar que o crime tenha ocorrido no final da tarde da última sexta-feira. A polícia encontrou junto aos corpos uma faca de 15 centímetros com marcas de sangue, que pode ter sido a arma do crime.

    "Todos levaram facadas. Dois corpos estavam entre o corredor de serviço, que dá acesso à cozinha da residência. O outro, da proprietária do imóvel, estava vindo dos quartos em direção ao hall entrada do apartamento", afirmou a delegada.

    Vargas ainda afirmou que as câmeras de segurança do prédio não armazenaram as imagens que poderiam identificar os responsáveis pela morte do ex-ministro. Segundo ela, as câmeras apenas registram o momento, mas não armazenam.

Histórico

    Villela advogou para o ex-presidente Fernando Collor durante o processo de impeachment, em 1992.

    Era formado em Direito pela Universidade de Minas e foi ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na década de 1980. Ele possuía um escritório de advocacia e atuava junto aos tribunais superiores.

 

Autor: da Folha Online